Frio, umidade e gripe


Modelo publicado no periódico PNAS busca associar a ocorrência de epidemias globais de gripe a variáveis ambientais como umidade e temperatura. Essa relação, escrevem os autores, é facilmente perceptível nos países da zona temperada, onde as transições sazonais são bem marcadas, mas torna-se difícil de distinguir nos trópicos.

O estudo, realizado por pesquisadores dos Estados Unidos, buscou um modelo de ligações não-lineares entre clima e epidemias, e acabou concluindo que a umidade absoluta está vinculada às epidemias de gripe, mas que a temperatura determina se a correlação entre a doença e essa variável será positiva ou negativa. Quando a temperatura é baixa, uma umidade absoluta alta reduz a incidência da gripe, mas a umidade alta eleva o número de casos em climas quentes.

“O equilíbrio entre os efeitos positivos e negativos da umidade absoluta parece ser mediado pela temperatura”, diz o artigo (disponível online). “A análise revela um limiar-chave por volta dos 75º F [24º C]”, com o efeito da umidade sobre a disseminação da gripe passando de negativo para positivo nesse ponto. “Os resultados indicam uma explicação unificada para os influenciadores ambientais da gripe, que se aplica globalmente”. (Esta nota faz parte da coluna Telescópio) 

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