Extinção nos mares, versão raça humana


A atual crise de biodiversidade nos oceanos, causada principalmente pela ação humana, é diferente das demais extinções em massa registradas nos últimos 60 milhões de anos: desta vez, as espécies com indivíduos de grande porte estão mais ameaçadas que as espécies de indivíduos pequenos, o que acentua o impacto potencial das extinções nos ecossistemas. Os resultados constam de artigo publicado na revista Science.

Os autores do trabalho, vinculados a instituições dos Estados Unidos, atribuem esse diferencial à preferência humana pela caça e pesca de grandes animais. “A ameaça seletiva aos animais marinhos de grande porte traz um perigo aos ecossistemas que é desproporcional à porcentagem de espécies ameaçadas”, diz o artigo. “Animais de grande porte são essenciais para o funcionamento do ecossistema, por causa de sua posição preferencial no topo das redes alimentares”.

Os autores fazem a ressalva de que, caso a mudança climática venha a superar a caça e pesca predatória como principal fator de extinção marinha, o perfil de desparecimento de espécies poderá convergir para o visto em catástrofes do passado, quando a extinção não era seletiva quanto ao tamanho do indivíduo, ou atingia mais as espécies de pequeno porte. Esta nota faz parte da coluna TELESCÓPIO do Jornal da Unicamp.

Comentários

  1. Ecologia profunda: paremos de nos reproduzir e deixemos o planeta seguir sem a pior doença a que ele foi submetido.

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