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Mostrando postagens de novembro 1, 2015

Videntes, "falsos" e outros

No último domingo, a Folha de S. Paulo trouxe reportagem sobre um empresário português que teria sido lesado em pelo menos R$ 50 milhões por uma falsa vidente. A primeira questão que emerge daí é qual o critério para se distinguir entre uma vidente "falsa" e uma "verdadeira". Se for o poder de ver o futuro ou de realizar operações mágicas eficazes, afirmar que existem videntes "verdadeiros" cai na mesma categoria  de afirmar que há um alienígena, vivendo na galáxia de Andrômeda, que psicografa peças de Shakespeare: uma intrigante possibilidade teórica, mas que, na ausência de provas, deve ser tratada como ficção ou bobagem, dependendo do contexto. Outra acepção possível para "vidente verdadeiro" seria alguém que, mesmo sem ter poderes reais, acredita sinceramente possuí-los. Há quem sustente que essa sinceridade, essa validação subjetiva, isenta o vidente "verdadeiro" de culpa pelos eventuais danos e prejuízos causados por sua práti