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Mostrando postagens de janeiro 5, 2014

"Intolerância" não é isso não, é outra coisa

Em seu livro The Myth of Persecution: How Early Christians Invented a Story of Martyrdom , a historiadora Candida Moss não só desmonta a narrativa de que centenas, quiçá milhares, de cristãos foram mortos pelo Estado romano, apenas pelo fato de serem cristãos, nos 300 anos entre a crucificação de Jesus e a ascensão de Constantino -- a conta mais exata é de meia dúzia de mártires, e de um período ativo de caça aos cristãos que teria durado cerca de uma década, não séculos -- como ainda expõe o contexto histórico em que o mito do "sangue de mártires é a semente da igreja" foi construído: depois da chegada dos cristãos ao poder com Constantino, como pretexto para a perseguição a hereges e pagãos. "A consequência da história de Eusébio de uma igreja perseguida", escreve a autora, "é a divisão da igreja em dois grupos: a ortodoxia, representada pelos bispos e mártires, e seus oponentes: hereges, cismáticos, perseguidores". Mais adiante, ela acrescenta: &qu

Jornalismo não é ciência, mas...

Há algum tempo, uma reportagem – não um trabalho científico – publicada na revista Science causou furor ao mostrar que mais da metade dos mais de 300 periódicos de ciência que adotam o modelo de negócio de cobrar dos pesquisadores para publicar seus artigos aceitaram veicular um estudo que apresentava sinais claros de ser fraudulento. A implicação sugerida foi a de que, ao cobrar para publicar, esses periódicos cedem à tentação de privilegiar a quantidade e a fazer vista grossa à qualidade. ( Leia mais em minha coluna no site da Revista Galileu )